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12 de dezembro de 2010


A Conversão Necessária
Na temática de João Batista aparece com destaque a questão da conversão. Ele pregava: “Convertei-vos, porque o reino dos céus está próximo [...] Produzi frutos que provem a vossa conversão” (Mt 3,2.8). No profeta Ezequiel está uma explicação desta atitude a ser tomada: “Convertei-vos! Afastai-vos do mau caminho que seguis; por que haveis de perecer, ó casa de Israel?” (Ezequiel 33,11). A boa vereda é a traçada pelo Ser Supremo. Há, então, trilhas desconcertantes e lemos em Isaías o alerta divino: “Meus caminhos não são os vossos caminhos, diz o Senhor (Is 56,8). No Antigo Testamento está clara a doutrina das duas estradas, ensinamento que sintetiza a conduta moral dos seres racionais. O salmista proclama: “Deus conhece o caminho dos justos, mas o caminho dos ímpios acaba mal (Sl 1,6). Adverte o Livro dos Provérbios: “A senda dos justos é como a luz da aurora, que vai clareando até ao pleno dia. Ao contrário o caminho dos ímpios é como nas trevas: não vêem onde vão tropeçar” [...] A vida acha-se nos caminhos da justiça, mas a vereda tortuosa conduz à morte” (Pv 4,18-19; 12,28). Converter-se significa então, segundo os textos bíblicos, praticar as virtudes, fugir dos vícios, ser fiel à verdade, procurar a paz. As trilhas tortuosas é o lugar por onde andam os insensatos, os prevaricadores, os perversos e elas levam à perdição e à morte. Entre estas duas vias cada um tem a liberdade de escolha, mas fica com a responsabilidade da opção que faz. É o que Deus diz no último livro do Pentateuco: “Olha que hoje sugeri: a vida com o bem, e a morte com o mal” (Dt 30,15). Ele não impõe, mas propõe, pois respeita o livre arbítrio com que mimoseou o homem, exatamente para que houvesse mérito nas boas ações. Cristo vindo a este mundo deixou claro que estreita é a senda da salvação (Mt 7,13) e se mostrou como o caminho vivo e verdadeiro (Jo 14,6). A conversão significa, portanto, colocar os passos nos passos de Jesus. É aspecto que caracteriza a vida cristã inteira. Quando ocorre um extravio, cumpre reconhecer o erro, dispondo-se a receber o dom de Deus que perdoa sempre e oferece a cura espiritual. Com a graça divina é possível reencontrar a trilha que leva ao céu. Converter-se é crer firmemente que cada um foi feito capaz de amar sempre a Deus com relação íntima e filial. É sentir-se em comunhão jubilosa com Cristo para realizar junto com Ele a vontade do Pai. É participar do mistério da Encarnação e da Páscoa que introduz na vida dos predestinados à gloria eterna. Converter-se é renascer continuamente para a vida ressuscitada com Cristo. A existência do cristão deve ser uma conversão ininterrupta. Não é somente purificar-se do estado pecaminoso, mas também progredir na via da ascese. É tonar-se cada vez mais imerso no Espírito Santo, até sentir-se comprometido com escolha pessoal e fundamental da aquisição da vida de amor a Deus e ao próximo. O cristão convertido sabe que é um peregrino, como ser que vive debaixo da tenda em condição provisória, como pessoa que jaz sob a lei fundamental de uma mudança sempre mais profunda nas vias da santificação pessoal. É um ser inteiramente inserido na dinâmica do mistério cristológico. Os teólogos lembram que há uma segunda conversão, ou seja, a passagem do estado da disposição de desapego do mal para a condição de consagração total ao bem, segundo a diretriz de Jesus: “Sede perfeitos como o Pai celestial é perfeito” (Mt 5,48). Isto é evidente, dentro dos limites humanos, mas sempre com um esforço persistente de melhorar sem desânimo. Deste modo, não apenas se ultrapassa uma existência honestamente boa, mas se foge de uma prática virtuosa medíocre. O cristão passa desta forma não só a viver na graça santificante, longe do pecado, mas, mais ainda interioriza o processo salvífico. As verdades evangélicas aparecem em nova luz e as ações espirituais têm sentido profundo de uma renovação total, transformação fundamental de pensamentos e ações. Tal o ideal a ser buscado numa conversão que produz frutos para a eternidade.
Marcador: Conversão

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