Testemunho Vocacional
Publicado no dia 02/08/2011
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MINHA HISTÓRIA VOCACIONAL
Seminarista Elton Vinícius Mayer (Xirico)
Minha história vocacional propriamente dita inicia em junho ou julho de 2006, quando Deus mostrou-me claramente que ser padre é a minha forma de amar. Entretanto, para chegar lá, muita água passou antes por debaixo da ponte da minha vida, que não é tão longa assim: atualmente, 29 anos de idade. Vamos entender um pouco do que se passou antes.
Eu havia sido membro do movimento Onda (para pessoas de 10 a 14 anos) e, na época do meu chamado, fazia parte do movimento CLJ (Curso de Liderança Juvenil). Durante o ano de 2005, eu tinha feito a experiência de ser missionário com o movimento CLJ: fui participar de uma Santa Missa em Nova Hartz, onde seria explicado o que é o CLJ, mas a re-fundação do grupo em tal cidade seria meses mais tarde, por alguém que eu não sabia quem seria. Ao chegar na celebração Eucarística, notei violões, jovens, casais, enfim, um grupo pronto, e senti pela primeira vez na minha vida a expressão de Cristo: "São como ovelhas sem pastor". O grupo estava ali, pronto para iniciar, mas faltava quem o fizesse, quem anunciasse Cristo dentro do carisma em que eles esperavam. Confiei na Providência de Deus, pois há um mês eu havia iniciado uma nova turma de aula de violão no grupo do qual eu fazia parte (Roselândia – Novo Hamburgo). Confiei em Deus: se Ele pede, Ele proverá, e assim foi. Um dos rapazes que havia feito aquele mês de aula assumiu a turma, buscou na internet e em revistas de aula de violão: aprendeu e ensinou.
Neste meio-tempo, eu tinha me formado na faculdade e cursava pós-graduação, mas ainda assim não me sentia plenamente feliz. Sentia que faltava algo, por mais que gostasse muito do que eu fazia (quiropraxia – www.quiropraxia.org.br). Nos meses finais de 2005, procurei um padre exigente e da minha confiança e pedi que ele me ajudasse a descobrir o que Deus queria de mim, pois eu não sabia. Esse padre teve muita paciência e ajudou-me primeiro a ser um bom cristão, pois Deus não se manifesta no pecado. Era preciso que eu quisesse realmente ser santo, isto é, buscar com todas as minhas forças realizar a vocação comum a todos nós (chamada universal à santidade) para, depois, eu ter as condições necessárias para Deus manifestar-me a vocação específica. Foi uma luta de seis meses, com direção espiritual quinzenal, aprendendo a rezar e buscando uma vida coerente com a fé que eu dizia ter.
No final desses seis meses, ao ir dormir, repeti a frase que havia aprendido: "Senhor, mostra-me o que Tu queres de mim". Foi então que entendi: Deus compactou em minha mente todos os momentos nos 26 anos e seis meses anteriores em que Ele havia me chamado: cursos de Onda e CLJ, homilia de uma Missa do Padre, todas as pessoas que já haviam me perguntado se eu nunca havia pensado em ser padre, etc. No dia seguinte eu já estava buscando colegas para substituir-me nos consultórios onde eu trabalhava, mas eu havia assumindo sérios compromissos na universidade onde eu trabalhava: cinco orientandas de trabalho de conclusão de curso (TCC). Isso me levou a ficar mais um ano e meio fora do seminário, sendo que nos últimos seis meses eu trabalhava, mas já estava no seminário, o que foi importante na minha caminhada vocacional: pude ver, estando ao mesmo tempo no seminário e no trabalho profissional, onde eu realizava-me mais, mas não apenas por gosto, mas existencialmente, completamente, de forma duradoura, e não apenas momentânea.
Atualmente curso o primeiro ano de Teologia. Moro no Seminário Maior São Luis Gonzaga, de Viamão. Sou muito feliz e não sinto mais aquela sensação de que falta algo em minha vida. Sei que é sendo padre que Deus me quer, e conto com as orações de todos e com a graça de Deus para fazer a vontade dEle em minha vida a cada dia. Também sei que para que eu possa obter tais graças, preciso ser fiel ao plano de vida, atualmente de seminarista, preparando-me para o sacerdócio, mas tenho a clara certeza de que a jornada não acabará quando o bispo colocar as mãos na minha cabeça, quando serei efetivamente padre. Sei que a realização a cada dia será amando da forma que Deus pensou para mim, até o dia em que Ele me chamar para a vida eterna, e eu tiver a graça de ouvir: "Entre, servo bom e fiel".
Viamão, 29 de julho de 2011, dia de Santa Marta.
Fonte:
Seminarista Elton Vinícius Mayer (Xirico)
Minha história vocacional propriamente dita inicia em junho ou julho de 2006, quando Deus mostrou-me claramente que ser padre é a minha forma de amar. Entretanto, para chegar lá, muita água passou antes por debaixo da ponte da minha vida, que não é tão longa assim: atualmente, 29 anos de idade. Vamos entender um pouco do que se passou antes.
Eu havia sido membro do movimento Onda (para pessoas de 10 a 14 anos) e, na época do meu chamado, fazia parte do movimento CLJ (Curso de Liderança Juvenil). Durante o ano de 2005, eu tinha feito a experiência de ser missionário com o movimento CLJ: fui participar de uma Santa Missa em Nova Hartz, onde seria explicado o que é o CLJ, mas a re-fundação do grupo em tal cidade seria meses mais tarde, por alguém que eu não sabia quem seria. Ao chegar na celebração Eucarística, notei violões, jovens, casais, enfim, um grupo pronto, e senti pela primeira vez na minha vida a expressão de Cristo: "São como ovelhas sem pastor". O grupo estava ali, pronto para iniciar, mas faltava quem o fizesse, quem anunciasse Cristo dentro do carisma em que eles esperavam. Confiei na Providência de Deus, pois há um mês eu havia iniciado uma nova turma de aula de violão no grupo do qual eu fazia parte (Roselândia – Novo Hamburgo). Confiei em Deus: se Ele pede, Ele proverá, e assim foi. Um dos rapazes que havia feito aquele mês de aula assumiu a turma, buscou na internet e em revistas de aula de violão: aprendeu e ensinou.
Neste meio-tempo, eu tinha me formado na faculdade e cursava pós-graduação, mas ainda assim não me sentia plenamente feliz. Sentia que faltava algo, por mais que gostasse muito do que eu fazia (quiropraxia – www.quiropraxia.org.br). Nos meses finais de 2005, procurei um padre exigente e da minha confiança e pedi que ele me ajudasse a descobrir o que Deus queria de mim, pois eu não sabia. Esse padre teve muita paciência e ajudou-me primeiro a ser um bom cristão, pois Deus não se manifesta no pecado. Era preciso que eu quisesse realmente ser santo, isto é, buscar com todas as minhas forças realizar a vocação comum a todos nós (chamada universal à santidade) para, depois, eu ter as condições necessárias para Deus manifestar-me a vocação específica. Foi uma luta de seis meses, com direção espiritual quinzenal, aprendendo a rezar e buscando uma vida coerente com a fé que eu dizia ter.
No final desses seis meses, ao ir dormir, repeti a frase que havia aprendido: "Senhor, mostra-me o que Tu queres de mim". Foi então que entendi: Deus compactou em minha mente todos os momentos nos 26 anos e seis meses anteriores em que Ele havia me chamado: cursos de Onda e CLJ, homilia de uma Missa do Padre, todas as pessoas que já haviam me perguntado se eu nunca havia pensado em ser padre, etc. No dia seguinte eu já estava buscando colegas para substituir-me nos consultórios onde eu trabalhava, mas eu havia assumindo sérios compromissos na universidade onde eu trabalhava: cinco orientandas de trabalho de conclusão de curso (TCC). Isso me levou a ficar mais um ano e meio fora do seminário, sendo que nos últimos seis meses eu trabalhava, mas já estava no seminário, o que foi importante na minha caminhada vocacional: pude ver, estando ao mesmo tempo no seminário e no trabalho profissional, onde eu realizava-me mais, mas não apenas por gosto, mas existencialmente, completamente, de forma duradoura, e não apenas momentânea.
Atualmente curso o primeiro ano de Teologia. Moro no Seminário Maior São Luis Gonzaga, de Viamão. Sou muito feliz e não sinto mais aquela sensação de que falta algo em minha vida. Sei que é sendo padre que Deus me quer, e conto com as orações de todos e com a graça de Deus para fazer a vontade dEle em minha vida a cada dia. Também sei que para que eu possa obter tais graças, preciso ser fiel ao plano de vida, atualmente de seminarista, preparando-me para o sacerdócio, mas tenho a clara certeza de que a jornada não acabará quando o bispo colocar as mãos na minha cabeça, quando serei efetivamente padre. Sei que a realização a cada dia será amando da forma que Deus pensou para mim, até o dia em que Ele me chamar para a vida eterna, e eu tiver a graça de ouvir: "Entre, servo bom e fiel".
Viamão, 29 de julho de 2011, dia de Santa Marta.
Fonte:
Marcador: Vocação
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